A postectomia (circuncisão terapêutica) é o intervento cirúrgico utilizado para eliminar o estreitamento de prepúcio (fimose) que impede ou dificulta a exposição da glande ("cabeça" do pênis).
Esse intervento consiste na remoção do prepúcio ao redor de toda a circunferência peniana:
Confira todos os aspectos relacionados à operação:
Aproveite a consulta antes da cirurgia para combinar com o médico se a circuncisão será total (amputação de todo o prepúcio) ou parcial (remoção apenas da parte que impede seu deslizamento natural sobre a glande).
A circuncisão parcial permitirá que o prepúcio retorne para cobrir a glande com o pênis flácido, enquanto que com a total isso não será mais possível e a glande permanecerá sempre descoberta.
Normalmente não são requeridos exames de sangue ou eletrocardiograma antes da cicuncisão. Dependendo do histórico médico do paciente, entretanto, podem ser solicitados determinados exames.
Para dicas práticas sobre come se preparar para a cirurgia, acesse este artigo.
A anestesia pode ser local ou geral.
Em adolescentes e adultos, a postectomia é normalmente realizada com anestesia local. Isso quer dizer que você poderá acompanhar a cirurgia acordado, e a única dor que sentirá será a das aplicações do anestésico na glande.
Pode ser que apenas uma aplicação de anestesia local seja suficiente, mas não é incomum que precisem ser dadas duas ou mais "agulhadas" na cabeça do pênis para obtenção do efeito anestésico desejado.
Se você preferir não ficar acordado durante a cirurgia ou não quiser sentir essas "picadas" na glande, pode ser solicitada uma anestesia geral.
No caso de anestesia geral, você precisará de alguém que o acompanhe de volta para casa após o intervento caso não queira continuar internado na clínica ou hospital.
O vídeo a seguir contém sangue e procedimentos cirúrgicos explícitos. Assista com discricionariedade.
Cortes são efetuados na porção do prepúcio a ser removida, os vasos sanguíneos são cauterizados e a pele remanescente suturada. Concluído o intervento, é realizado um curativo com bandagem elástica semi-compressiva.
A operação deve ser realizada com instrumentos de qualidade e requer precisão e delicadeza para garantir um resultado que seja funcional (liberando o pênis do anel fimótico) e estético (evitando cicatrizes muito visíveis, como a cicatriz hipertrófica).
Além da qualidade dos instrumentos e da competência do cirurgião, os resultados dependerão da reação de cada organismo, especialmente durante a fase pós-operatória.
O paciente recebe alta com instruções sobre trocas de curativo (a serem realizadas em casa diariamente, normalmente até completar uma semana) e medicamentos a serem utilizados (antibiótico oral ou pomada antibiótica, anti-inflamatório, analgésico).
Nos dias seguintes à operação da fimose o pênis tenderá a inchar e apresentar pequenas perdas sanguíneas e escorrimentos. Com o tempo, esses efeitos diminuirão.
Também é normal sofrer um pouco com uma maior sensibilidade da glande, que irá gradualmente diminuindo devido a um processo chamado queratinização.
A recuperação total normalmente ocorre após aproximadamente um mês.
Até lá, devem ser evitados esportes de contato, masturbação e relações sexuais. Para informações mais detalhadas sobre o pós-operatório, clique aqui.
É difícil estipular um preço médio para realização da postectomia. O custo pode variar desde R$ 0 quando feita através do SUS até mais de R$ 3000 quando o intervento é executado por cirurgião particular sem a intermediação de um plano de saúde. Além disso, o nível das instalações e a qualidade e o tipo dos instrumentos utilizados (corte convencional/eletrocauterização/laser) podem variar consideravelmente, implicando uma significativa diferença entre os preços cobrados.
A operação com laser é mais cara, mas é muito precisa e permite cortar os tecidos e cauterizar os vasos sanguíneos ao mesmo tempo; não se sofre com o inchaço pós-operatório clássico produzido pela cirurgia tradicional, e o tempo de recuperação acaba sendo um pouco mais curto.
Na medida do possível, procure não utilizar o preço como critério para escolher onde e por quem ser submetido à cirurgia. O mais importante é que ela ocorra em um local que possua instalações, equipamentos e profilaxia adequados, e seja conduzida e executada por um profissional que inspire confiança.
E, para inspirar confiança, é fundamental que ele responda a todas as suas dúvidas durante as consultas e saiba explicar por que a postectomia está sendo indicada, e se ela é realmente necessária ou "opcional".
A postectomia ou circuncisão deve ser indicada quando a causa da fimose não responda a tratamento farmacológico ou volte a se manifestar repetidamente. Ela também é a linha de ação recomendada para inflamações recorrentes na glande (normalmente devidas a infecções, como por exemplo a candidíase), mesmo que não associadas a nenhum quadro fimótico.
Existem várias operações possíveis de cirurgia plástica como a prepucioplastia, que eliminam o anel fimótico sem remover o prepúcio. Elas são disponíveis apenas em algumas clínicas particulares e, além de mais caras, requerem muito conhecimento e experiência por parte do cirurgião.
Quando o problema não é um estreitamento do prepúcio, mas um freio curto demais (clique aqui para ver um exemplo 18+), a cirurgia indicada chama-se frenuloplastia (liberação cirúrgica do freio).
Durante a postectomia, muitos médicos acabam removendo também o freio, como no vídeo acima. Normalmente, entretanto, não há real justificativa para isso: mesmo que o freio seja realmente curto, o aconselhável é que ele seja liberado cirurgicamente em vez de completamente removido.